terça-feira, 4 de outubro de 2011

O MUNDO É UMA ALDEIA GLOBAL



O tempo presente é a vida, no hoje, o elo de ligação entre o passado e o futuro! O presente é fruto do passado, e o futuro vai sendo enraizado no presente!
Para compreender o presente temos de evocar o passado, pois o passado foi o seu alicerce. Temos que ver as atitudes do passado, boas ou menos boas, como aprendizagens, pois aprendemos com elas!
As novas tecnologias transformaram o mundo numa imensa aldeia global, onde nada está oculto, e a partilha de saberes e opiniões, se bem aproveitada, é a maior das riquezas.
Mas fico muito triste quando oiço falar em pessoas más! Eu não concordo muito bem com essa ideia! Todos nós nascemos com duas forças antagónicas, a força do bem e a força do mal, e a tendência para praticar o mal é muito mais forte do que a que nos leva a praticar o bem. Por isso, todos e cada um de nós, ao longo da vida, tem atitudes boas e menos boas, ou mesmo más. Fazer o mal é muito mais fácil do que fazer o bem, as consequências é que são sempre más. E o mal, na grande maioria das vezes, só é reconhecido por quem o comete quando já está feito e não se pode desfazer.
Somos fruto dos genes que recebemos dos nossos progenitores, mas principalmente do ambiente familiar e social onde nascemos e crescemos, que, conforme a sua mentalidade, maneira de viver e o procedimento que tiverem connosco, nos levam a desenvolver mais as boas ou más tendências. O que vemos, ouvimos e sentimos, desde a mais tenra idade, marcam indelevelmente a nossa maneira de ser na vida adulta.
Um bebé que não se sinta amado tem dificuldade, até de crescer! E uma pessoa que não se sinta amada, acarinhada e compreendida, não é capaz de amar, de acarinhar nem de compreender!
Nós só podemos dar aquilo que temos!
A sociedade é formada pelas pessoas! Os erros da sociedade são os erros das pessoas! E um dos maiores erros provem da tendência natural de criticar e achar que as outras pessoas são rebeldes e más. Normalmente, temos tendência a acharmo-nos muito bonzinhos, os outros é que têm os defeitos todos.
Temos que aprender a procurar realçar o lado positivo das pessoas e situações, pois olhá-las pela negativa leva tudo ao fracasso.
É preciso olhar a vida e os acontecimentos tal qual foram, ou são… mas, ao mesmo tempo, ver o que deles podemos tirar de bom.
Cada país, terra, religião, grupo, associação… têm o seu jeito de ser e de viver, pelo que temos de estar atentos uns aos outros, pois aprendemos uns com os outros.
É da compreensão, aceitação e partilha da diversidade de pensamentos, opiniões e formas de vida que podemos encontrar as mais diversas formas de melhorar o comportamento humano!
Temos de ser calmos e serenos, viver sem exageros, ser perfeitos nos pequenos nadas.
A vida não pode ser vista pelos momentos de paixão ou pela intensidade da paixão, mas pela razão da paixão e por quanto tempo esses momentos estão presentes na vida. Porque, as pessoas têm de estar apaixonadas por algo que dê interesse e vida à sua vida, de contrário, a vida será, irremediavelmente, uma vida sem objectivos e sem graça.
Normalmente, a definição dos primeiros objectivos de uma vida estão directamente relacionados com a sua primeira sociedade, a Família; depois, com o seu meio ambiente próximo, vizinhos e amigos.
É nesse ambiente que a criança vai formando a sua personalidade. Antes de chegar aos bancos da Escola, a personalidade da criança já está muito bem enraizada. E as suas boas ou más decisões, ao longo da vida, terão sempre ali a sua raiz.
É na primeira infância que a pessoa se afirma e se forma interiormente. Daí, pensando no “como sou” ou “como somos” em primeiro lugar aparece sempre a família, seguida da localidade e completada com a nacionalidade.
É nesta perspectiva que se distinguem as pessoas de várias regiões dentro de um país, ou de vários países entre si, no que se encontram diferenças muito substanciais.
O mesmo se pode dizer quanto às religiões ou crenças. Cada pessoas cresce sob as influências da religião ou crença de seus pais e do meio ambiente próximo e alargado. As religiões ou crenças, vividas de formas diferentes, todas levam à compreensão, aceitação, paz e amor, a sermos felizes fazendo felizes os outros, pois foi para isso que fomos criados.
Não podemos julgar-nos uns mais do que os outros, pois todos somos importantes e Deus gosta de nós assim como somos.   

1 comentário:

Anónimo disse...

Caríssima Hermínia Nadais,

Parabéns pelo seu texto.
Disse que:
"É na primeira infância que a pessoa se afirma e se forma interiormente. Daí, pensando no “como sou” ou “como somos” em primeiro lugar aparece sempre a família, seguida da localidade e completada com a nacionalidade."

A nossa formação interior é uma acção contínua e pode não depender tanto da infância. Depende sem dúvida do passado, depende do que aprendemos e guardamos como importante ou verdadeiro. Porque eu sou do tamanho do que vejo. E não, do tamanho da minha altura (dos genes).

"As religiões ou crenças, vividas de formas diferentes, todas levam à compreensão, aceitação, paz e amor, a sermos felizes fazendo felizes os outros, pois foi para isso que fomos criados."

Sem dúvida que as palavras e as intenções são importantes. Mas os actos e a tradição também falam.

Por exemplo: Passar um pouco de tempo num local onde a religião deveria ter uma presença marcada, um cemitério. Local calmo, com cheiro próprio. Poderia pensar que seria para manter viva a alma de quem por cá deixou a sua marca. Curiosamente as conversas que se ouvem são mais para criticar a campa do visinho ou flôr murcha do outro... ou o pó do Jazigo-capela.

Lamento não concordar com a estrutura em que tacitamente dá o poder de representação de um deus a um qualquer romano do vaticano.

Plenamente de acordo com reuniões entre iguais, onde se debate o futuro da sociedade e os melhores caminhos a seguir. O "chapéu" de presidente pode mudar todas as reuniões e assim todos sentem na pele o que se passa nos diferentes papeis necessários para que a sociedade funcione e cresça feliz e com bases fortes.

Cumprimentos,