segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MANHÃ DE DOMINGO



Sem retiro me sinto retirada
de tudo o que nos dias me aconchega a vida
algures perdida
com o ruído do mar a encher-me os ouvidos
porque à minha volta não há outros gemidos!

Agora… pessoas já palram incansavelmente
por entre os tectos brancos das habitações
brancas e rolantes, grandes… e pequenas
que aqui se juntam às dezenas
espalhadas pelo enorme espaço
que aconchega a todas no amplo regaço.

E com o sol envergonhado
a espreitar
pôr entre as carregadas e escuras
nuvens…
a manhã avança, assim,
branda e calmamente
na paz doce e tranquila
de toda esta gente.

Caxinas,  Domingo, 2014/10/05 – 10.52
Hermínia Nadais

5 comentários:

Pedro Pinho e Suárez disse...

Amiga, desculpe a longa ausência, a semana passada foi atribulada e esta também o está a ser. Mas não posso deixar de vir ao seu cantinho prestar a minha admiração para com o que escreve.
É poeta, é pensadora, é crítica... É humana! Mais humana que a maior parte dos seres que se dizem com esse nome.
Reparei, noutros textos seus, no seu persistente gosto pelo mar e suas criaturas. Tem toda a razão em gostar, pois o ambiente litoral é, sem qualquer sombra de dúvidas, um recanto cheio de bonança que transmite uma enorme quantidade de bem-estar.

Envio-lhe um abraço muito forte, como o das ondas do mar!

Hermínia Nadais disse...

Obrigada Pedro!
Foi pelo que me incentivou que comecei de novo a dar atenção a este blogue! Faço-o, acima de tudo por si, com o maior carinho!
felicidades QUERIDO AMIGO!

Pedro Pinho e Suárez disse...

Então, querida Amiga, também temos isso em comum. É que eu também voltei ao meu blogue por si e pela minha Mãe.
Quero voltar a agradecer-lhe por todo o incentivo, carinho e atenção que tem para com os meus trabalhos!
Se precisar de mim para o que quer que seja, já sabe que pode contar.

O melhor do Mundo, para si e para os seus!

Hermínia Nadais disse...

Obrigada Pedro! Fico sem palavras!
O melhor do mundo é o que lhe desejo, à sua mãe, outros familiares e a todos quantos lhe são queridos!
Bjs

Silenciosamente ouvindo... disse...

Mais um poema de que gostei imenso.
As caravanas lembra-me campismo,
que deixei de fazer há alguns anos.
Bj.
Irene Alves