segunda-feira, 27 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
VENDAVAL
Não chove, não faz frio nem cai neve, as nuvens não fogem desesperadas nem o vento sopra como louco. Não são estes factores do tempo que fazem as mãos trémulas e as pernas enfraquecidas, os corpos inseguros e os corações deambulantes, as frases entrecortadas por suspiros escondidos nas asas egoístas das ignominiosas torturas que acompanham tantas vidas sombrias disfarçadas pelas mais sorridentes gargalhadas e boas disposições... que agodizam ainda mais fortemente os sofrimentos atrozes e esmagadores perdidos na calada da noite.
Realmente, não é preciso que haja mau tempo para que se viva no mais tremendo, estúpido e enormíssimo vendaval.
Realmente, não é preciso que haja mau tempo para que se viva no mais tremendo, estúpido e enormíssimo vendaval.
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Mini textos
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
MARINHEIRO PERDIDO
Sem Estrela do Norte
Num barco sem leme
Nem que seja forte
Marinheiro treme.
O farol, na praia,
Quase não dá luz,
O homem aflito
Chama por Jesus.
Mas “Ele”, escondidinho,
Finge não ouvir,
E o manso barquinho
Vai a submergir.
E o marinheiro,
Sem ter salvação,
Atira-se à água
Em grande aflição.
Flutua nas águas
Quando sente alguém,
Uma tabuinha
Flutua também.
E o marinheiro,
Sem Estrela do Norte,
Nessa tabuinha
Se salva da morte.
Num barco sem leme
Nem que seja forte
Marinheiro treme.
O farol, na praia,
Quase não dá luz,
O homem aflito
Chama por Jesus.
Mas “Ele”, escondidinho,
Finge não ouvir,
E o manso barquinho
Vai a submergir.
E o marinheiro,
Sem ter salvação,
Atira-se à água
Em grande aflição.
Flutua nas águas
Quando sente alguém,
Uma tabuinha
Flutua também.
E o marinheiro,
Sem Estrela do Norte,
Nessa tabuinha
Se salva da morte.
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Ambiente/vida
sábado, 11 de outubro de 2008
CENTRO CIRÚRGICO DE COIMBRA
É uma casa amarela... na berma da estrada e no centro de um relvado com canteiros floridos, rodeada por uma faixa preta onde o vaivém de alguns veículos anunciam a movimentação de pessoas para intervenções cirúrgicas.
Casa bonita e requintada... mas onde o tempo não passa, a alegria se esvai e o ruído dos mais de cem veículos por minuto rodando apressados na via ensurdece...
Nada satisfaz a lentidão do tempo na cura do sofrimento humano... e a beleza esfuma-se por entre o desconforto do amargo sossego da espera.
Não! Trabalhar não é difícil! Difícil é estar parada... terrivelmente parada e sem nada que possa ajudar a mover a inércia do tempo.
Casa bonita e requintada... mas onde o tempo não passa, a alegria se esvai e o ruído dos mais de cem veículos por minuto rodando apressados na via ensurdece...
Nada satisfaz a lentidão do tempo na cura do sofrimento humano... e a beleza esfuma-se por entre o desconforto do amargo sossego da espera.
Não! Trabalhar não é difícil! Difícil é estar parada... terrivelmente parada e sem nada que possa ajudar a mover a inércia do tempo.
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Mini textos
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
CANTO!
Canto o meu canto
ao dia que amanhece
à manhã que se levanta
com todo o seu esplendor
ao Sol que alumia
com toda a sua luz
e nos aquece
com todo o seu calor.
Canto a beleza
dos montes ou jardins
a delicadeza das águas das fontes
a grandeza das nuvens
que sulcam o ar
os pássaros que cantam
nos prados e montes
a humildade da relva
que tapeteia o espaço
e os longos caminhos
que cruzam o lidar
que nos dão prazer
ou enchem de cansaço.
Canto o coração ardente
e a alma que rejubila
a cada amanhecer
canto a vida
que brota em cada ser
a renovar-se
tão sabiamente.
Canto... e não me canso de cantar
as maravilhas que a vida me vai dando
canto a manhã a noite
a madrugada
canto por tudo por pouco
e até por nada
canto a plenos pulmões
ou sem dizer palavra.
Canto com lágrimas nos olhos
ou sorrisos no olhar
com o coração a cantar ou a sofrer
com o sangue a escorrer por ele
jorrando...
Canto sem parar ou esmorecer
porque assim é melhor para crescer
na vida que a correr se vai passando!...
ao dia que amanhece
à manhã que se levanta
com todo o seu esplendor
ao Sol que alumia
com toda a sua luz
e nos aquece
com todo o seu calor.
Canto a beleza
dos montes ou jardins
a delicadeza das águas das fontes
a grandeza das nuvens
que sulcam o ar
os pássaros que cantam
nos prados e montes
a humildade da relva
que tapeteia o espaço
e os longos caminhos
que cruzam o lidar
que nos dão prazer
ou enchem de cansaço.
Canto o coração ardente
e a alma que rejubila
a cada amanhecer
canto a vida
que brota em cada ser
a renovar-se
tão sabiamente.
Canto... e não me canso de cantar
as maravilhas que a vida me vai dando
canto a manhã a noite
a madrugada
canto por tudo por pouco
e até por nada
canto a plenos pulmões
ou sem dizer palavra.
Canto com lágrimas nos olhos
ou sorrisos no olhar
com o coração a cantar ou a sofrer
com o sangue a escorrer por ele
jorrando...
Canto sem parar ou esmorecer
porque assim é melhor para crescer
na vida que a correr se vai passando!...
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Ambiente/vida
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
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