
Na ânsia de viver... é imperioso rodar velozmente pela estrada da vida na noite do tempo!
Para sossegar a saudade aconchegante dos braços fortes do pai e dos carinhos da mãe, das carícias amáveis das mãos no desalinho suave e doce dos meus cabelos finos e escorridos e fugir ao stress arrasante, apetece-me parar… e mesmo voltar atrás!
Quando o meu corpo cansado já não segura o doido “veículo” que é ele mesmo acaba por embater fortemente no rochedo da insatisfação e por deslizar na encosta da inquietude e desespero.
E é então que, aterrado, o meu olhar exausto fixa o arvoredo da floresta e se extasia num sem número de animais calmos e pachorrentos que atentamente me fixam com olhos estupefactos e carinhosos.
Num relance... o meu coração apressa as suas batidas enquanto vou lembrando o desatino de tantas pessoas e o deleite de poder permanecer ali... sorvendo a doçura inconsciente daqueles bichinhos afáveis e inofensivos.
Realmente… a sensatez da selva... envergonha fortemente a humanidade!...