Na
alta e escura noite, junto à ria,
Numa
avenida muito bem iluminada,
Sobre
erva seca, e em cadeirita sentada,
Ouvindo
os carros correndo pela via...
...Vejo
com espanto e alguma arrelia
Que
a malta passa, acesa, embasbacada...
Por
me ver ali tão só e abandonada
E
em posição de total melancolia...
Braços
acenam... mas finjo não ver,
Bem
entretida a olhar para o papel,
E
nele escrevendo... à luz doce da rua!
Do
lado oposto, a água ia a correr!....
E
nuns brilhantes círculos, e em anel
Ressaltava
aos olhos a imagem da Lua.
Hermínia Nadais