segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Saudade!


Amigo ausente, debandado!
Perdi-te na melodia do tempo!...
Gastei vida
na ânsia desenfreada de te encontrar!
Parei!... Escutei!...
Abri os olhos do coração...
e, lá bem no fundo...
nas trevas mais densas e escuras,
senti a ténue luz do teu brilho.
Afinal... corri tanto... e estavas tão perto!...
Então,
acercaste-te um pouco mais da luz,
sorriste para mim
e balbuciaste palavras inaudíveis
nos gestos mais ternos.
Agora, não te procuro mais!...
Vou viver contigo,
assim,
no aconchego dos meus dias,
embalada
na lembrança doce
da tua amizade inconfundível
que continua
a iluminar-me os passos
nas torturas amargas da vida.
Obrigada!


Hermínia Nadais

1 comentário:

Unknown disse...

Tênue são todas as vidas. A sutileza vem com os passos da distância. Você falou isto de forma tão singela.
Lindo poema.
Obrigado.