VINGANÇA DE MULHER
Em meio da noite...
aflita... acordei!
Pensei no porquê...
que não encontrei!...
Eu me remexi...
eu... me revirei...
Quando adormeci
então eu sonhei
que era uma fada
bela... encantada...
no meu casarão...
juntinho da estrada...
sentada...
sozinha...
no vão de uma escada
e num cadeirão...
muito concentrada!...
Se acosta um gatão
ao volante agarrado
num enorme carrão
bonito e encarnado!...
É o fanfarrão
do meu namorado
trazendo consigo
um bando afamado
que me olha... nos olhos...
aterrorizado!...
Seguro a varinha!...
E num de repente
mando p’rá cozinha
toda aquela... gente...
p’ra cortar... cebola...
fazer... refogado...
trocar... a fraldinha
ao bebé... borrado...
mijado...
chorão...
que a varinha
fez
do corpo do cão...
Também a bolsinha
sai do seu lugar
a filmar a cena...
para recordar!...
E o carro vermelho
vítima do encanto
galopa comigo
vestido de branco
com as borboletas
mocinhas brejeiras
sorrindo, felizes
e com ares de espanto
servidas pelos homens...
presos pelo encanto!...
Fiquei
desolada
quando acordei...
pois as aventuras,
no sono... eu... deixei...
Enquanto duraram...
voei...
nas alturas...
acima dos astros
e dessas criaturas
que teimam em fazer-me
a vida em pedaços
e que eu consegui
transformar em estilhaços!!!...
Foi sonho... eu bem sei...
mas o que vivi...
não mais esquecerei!...
E sempre que possa... repeterirei!...
Hermínia Nadais
Em meio da noite...
aflita... acordei!
Pensei no porquê...
que não encontrei!...
Eu me remexi...
eu... me revirei...
Quando adormeci
então eu sonhei
que era uma fada
bela... encantada...
no meu casarão...
juntinho da estrada...
sentada...
sozinha...
no vão de uma escada
e num cadeirão...
muito concentrada!...
Se acosta um gatão
ao volante agarrado
num enorme carrão
bonito e encarnado!...
É o fanfarrão
do meu namorado
trazendo consigo
um bando afamado
que me olha... nos olhos...
aterrorizado!...
Seguro a varinha!...
E num de repente
mando p’rá cozinha
toda aquela... gente...
p’ra cortar... cebola...
fazer... refogado...
trocar... a fraldinha
ao bebé... borrado...
mijado...
chorão...
que a varinha
fez
do corpo do cão...
Também a bolsinha
sai do seu lugar
a filmar a cena...
para recordar!...
E o carro vermelho
vítima do encanto
galopa comigo
vestido de branco
com as borboletas
mocinhas brejeiras
sorrindo, felizes
e com ares de espanto
servidas pelos homens...
presos pelo encanto!...
Fiquei
desolada
quando acordei...
pois as aventuras,
no sono... eu... deixei...
Enquanto duraram...
voei...
nas alturas...
acima dos astros
e dessas criaturas
que teimam em fazer-me
a vida em pedaços
e que eu consegui
transformar em estilhaços!!!...
Foi sonho... eu bem sei...
mas o que vivi...
não mais esquecerei!...
E sempre que possa... repeterirei!...
Hermínia Nadais
Quinta da Relva - Vale de Cambra
Dia Internacional da Mulher
8 de Março de 2008
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