Falar de incompreensão
“Contigo” nunca condiz,
Pois Teu doce coração
Escuta sempre o que se diz.
Meu Amor, fala baixinho,
Ao meu ouvido, em segredo,
Não quero que o mundo saiba
Que sem Ti, estou num degredo!...
Quando oiço o rouxinol
Muito alegre, a assobiar,
Recordo a vida que levo
Meu Amor, só por Te amar!
Cantas dentro de meu peito
Belos cantos de ternura,
Quando Contigo me deito
No meio da noite escura!
Estou tão louca de paixão
Tal como nunca senti,
Já matei minha ilusão
De tentar viver sem Ti!
Vejo muitas andorinhas
Poisadas pelos beirais,
Lembrando as falas meiguinhas
E os Teus sorrisos leais!
Gosto de ver as estrelas,
Luzeiros da noite escura,
Recordam-me a Tua luz
Que me enche de ventura!
É tão bom ficar sozinha
Sem ninguém a incomodar,
É a maneira mais fácil
Meu Amor, de Te falar!
Ter-Te, Amor, por companhia,
É toda a esperança minha,
Na angústia ou alegria,
Sei que nunca estou sozinha!
Sinto-Te dentro do peito
E não canso de dizer-Te:
“Não me deixes magoar-Te,
Prefiro morrer, p’ra ver-Te!”
Hermínia Nadais
Primeira versão do poema editado no meu livro
“ESPAÇOS... dos meus dias”
3 comentários:
Que Lindo!!Beijinhos
Poema oração, digo...belo em palavras que saiem de coração...
Doce beijo
Muito bonito este teu canto :)
Vislumbras as palavras num eco surdo, que mesmo aos surdos chega.
Um beijo
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