João Maria Vianney é o chamado Padre
Cura, que lá numa qualquer paróquia perdida falava às pessoas, aconselhava,
rezava, estava horas seguidas no confessionário ouvindo e ajudando as pessoas a
encontrarem-se com elas mesmas, com Deus e com os irmãos, pois foi para isso
que fomos criados.
E porque os bens materiais continuam
a andar muito mal repartidos e há imensas pessoas a morrer todos os dias com
falta de alimento, fala-se muito na fome do mundo.
Estas disparidades não são só de
agora, já era assim no tempo de Jesus nas terras que Ele pisou, pelo que a
multiplicação dos pães surgiu. Gostei demais de algumas palavras do Papa antes
do Ângelus do último domingo:
Jesus nos “quer
fazer entender que, além de fome física o homem tem dentro de si outra fome -
todos nós temos essa fome - uma fome mais importante, que não pode ser saciada
com o alimento cotidiano. É fome de vida, fome de eternidade que somente Ele
pode satisfazer, sendo Ele "o pão da vida" (v. 35). Jesus não elimina
a preocupação e a busca do alimento cotidiano, não, não elimina a preocupação
de tudo aquilo que pode fazer a vida melhor. Mas Jesus nos recorda que o
verdadeiro significado da nossa existência terrena está na eternidade, no
encontro com Ele, que é dom e doador, e nos recorda também que a história
humana com seus sofrimentos e alegrias deve ser vista em um horizonte de
eternidade, ou seja, naquele horizonte do encontro definitivo com Ele. Esse
encontro ilumina todos os dias da nossa vida. Se pensarmos neste encontro,
neste grande dom, e nos pequenos dons da vida, até mesmo os sofrimentos, as
preocupações, serão iluminados pela esperança deste encontro. "Eu sou o
pão da vida; quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais
terá sede"(v. 35). Esta é a referência à Eucaristia, o dom maior que sacia
a alma e o corpo. Encontrar e acolher Jesus em nós, "pão da vida", dá
sentido e esperança ao caminho, muitas vezes, tortuoso da vida. Todavia, esse
"pão da vida" nos é dado com uma tarefa, ou seja, para que possamos
por nossa vez saciar a fome espiritual e material dos irmãos, anunciando o
Evangelho em todos os lugares. Com o testemunho da nossa atitude fraterna e
solidária para com o próximo, tornamos presente Cristo e seu amor entre os
homens.”
Vontade de fazer o que Jesus nos solicita
pode não faltar… mas daí até á realidade dos factos vai uma distância muito
grande, imensa mesmo!
Que Jesus e o Seu Espírito Santo nos
ajude a sermos realmente cada vez mais e melhores testemunhas do Amor de Deus entre
todos os homens nossos irmãos, como fazia o Padre Cura!
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