sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O MOMENTO PRESENTE
A mata espessa, troncos fortes e firmes, grossos e finos, esguios e bastante altos. Uma estrada estreita. Mesas e bancos. Uma vasta área circundante.
Bem próximo, um Parque de Campismo. Mesmo ao lado, numa das bermas, um ecoponto. Logo após, um restaurante ou coisa assim.
A sombra é fresca e acolhedora. As ervas e arbustos são escassos pela ausência de sol directo.
De quando em vez um veículo avança a velocidade moderada.
Muitos, tal como nós, procuram o melhor sítio, aparcando-se para o almoço.
Há crianças e jovens de todas as idades, desde as que se apressam a descobrir os enigmas indecifráveis da adultez até às que os cabelos grisalhos e rostos flácidos deixam transparecer tempos de quietude e paz.
Os animais de companhia vagueiam pachorrentos e silenciosos.
Não há gritos, não há corridas, não há exageros de modo algum. De quando em vez, uma frase mais volumosa precede uma risada aberta como a luz que o Sol, através da ramaria, vai deixando transparecer.
As inúmeras espécies arbóreas, num entendimento total, vão mostrando aos humanos como é possível coabitar pacificamente apesar de todas as diferenças de cada um.
Neste bosque, tanto de simples como de encantador, o isolamento é quase total. Não conseguimos encontrar canais de televisão nem redes de telefone móvel, somente algumas estações de rádio.
Grupos de pardalitos, bem pequenininhos, vão-se aglomerando junto às mesas abandonadas na busca de alimentação mais suculenta.
Que harmonia, paz tranquila e serenidade, neste cantinho da serra, ainda bem perto do Santuário de Nossa Senhora da Peneda, ou melhor, de Nossa Senhora das Neves que hoje se celebra e que aqui é evocada com o nome de Nossa Senhora da Peneda e cuja festividade se celebra no dia 8 de Setembro.
2010/08/05 – 14.00h
Etiquetas:
Sentimentos
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1 comentário:
Olá Dona Hermínia,
Não tinha visto seu comentário. Gostaria de agradecer, não pelo comentário mas pela oportunidade de conhecer um pouco da senhora atraves dos seus textos que para mim estão sendo edificantes e reconfortantes.
Parabéns pela forma maravilhosa e singela de descrever o eterno.
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