CRAVOS DE
ABRIL!
Não sinto saudosismo
nem saudade
Mas algo que
para mim é muito mais
São netos e
avós filhos e pais
Numa ausência
quase total da liberdade!
A anarquia
dominou a sociedade
E a luta pelo
poder e por ter mais
Roubou ao povo
meu tantos ideais
Que meu coração
não aguenta a realidade!
Ó gente
ousada escolhe o que seguir
E foge do insensato
proceder
Que irá levar-te
onde não queres ir…
Segue os cravos
de Abril gritando ao vento
Que só o altruísmo
e o amor podem varrer
Do teu País as
sombras do tormento!...
Hermínia Nadais
Hermínia Nadais
8 comentários:
Grata pela visita, lindo e intenso poema, parabéns
Minha querida amiga subscrevo
totalmente este seu poema.
Sinto-o totalmente.Eu que
me envolvi: na política autárquica, no
sindicalismo, no jornalismo
hoje sinto uma profunda
tristeza de ver o estado a que
o meu país chegou e como os
políticos agem.
Um grande beijinho para si e
desejo que esteja bem.
Irene Alves
Ainda bem que a amiga gosta dos textos da Célia Laborne.
Desejo que esteja bem.Bj.Irene
O teu poema está factualmente certo. E, por isso, até gostava de ter sido eu a escrevê-lo.
Poeticamente é magnífico.
Resumindo, gostei muito da forma e do conteúdo do poema.
Hermínia, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Hermínia, querida amiga virtual ultramarina. Sei que passei tempo sem visitar-lhe estes espaços que realmente aprecio. Remedio isso um pouco hoje. O soneto é forte no tema, acredito ser português não seja requisito indispensável para se entender, sentir e apreciar seus Cravos de abril. O brasileiro Chico Buarque compôs Tanto Mar (...ainda guardo, renitente um velho cravo para mim...), bela canção apreciada suponho em todo o mundo lusófono.
Sua visão tem o distanciamento permitido pelo tempo que transcorreu e tudo o que nele houve. Acho-a triste, justificavelmente triste, que é triste mesmo assistir o espetáculo de hoje. E decerto nem só a realidade portuguesa atual contrista seus observadores. Também a brasileira, também muitas outras.
De alguma forma, para mim isto amplia o alcance de seu soneto.
Um abraço.
Obrigada amiga por ter passado lá em casa.
Desculpa não ter vindo antes, mas estou com alguns problemas de visão e só tento responder à simpatia de quem me visita.
Beijinhos
Ná
Minha amiga que a esperança que nasceu em Abril nunca morra no nosso coração. Vamos acreditar que tempos melhores virão.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Que lindo!!!!!
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