Há dias nesta pequena aldeia de casinhas brancas e rolantes,
junto ao mar, só hoje me ocorreu abrir a janela fronteira!
Não obstante a distância de mais de cem metros, o marulhar
entra pelos ouvidos e as ondas erguidas feitas altas nuvens de espuma branca a
surgir das águas vão abraçando a costa e estendem-se pela estreita foz do rio
que, aos poucos, vai acariciando o oceano com a oferta das suas águas calmas, límpidas
e doces!
A bandeira vermelha que encima o suporte espetado na areia
vai dizendo aos veraneantes que não se acerquem deste mar embravecido, porque
quando ele brinca, assim, a mostrar a sua louca e enfurecida raiva, é melhor
que fique sozinho alimentando os seus inocentes peixinhos, pois, nestas
ocasiões, até a sua esposa areia se assusta dos seus tão enraivecidos e
desajeitados beijos.
Ao longe, as pessoas vão e vêm, ou olham ao largo,
serenamente, expectantes com este espectáculo único e belo, mas aterrador!
Não compreendo como, na borda de um tão imenso e brando
lençol de água ondulante de que tanta gente gosta, este consiga mostrar-se tão
revoltado com a meiga e carinhosa terra que nenhum mal lhe faz… e tão bem o
aconchega!...
Que isto acontece… e muitas vezes… é um facto! Mas porquê…
sabe-se lá?!...
Hermínia Nadais
1 comentário:
O Blogger chateia. Veja lá amiga
que completei o comentário e fui
enviar não seguiu e disse que foi
um erro.De vez em quando faz isto.
Dizia que realmente o mar é traiçoeiro e todo o cuidado com
ele é pouco.
Gostei deste seu post. A amiga escreve muito bem.
Um grande beijinho
e obrigada pelo que envia.
Irene Alves
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