O amanhã com
que todos nós sonhamos
e que
apregoamos na mais alta voz
não é
pertença nossa!
O desejá-lo
está bem dentro de nós
mas o nunca
saber
se virá ou
não a existir
pode
tornar-se numa amargura atroz!
Então… que
deveremos fazer
além de
amortecer
a verdade
desta realidade ?
Não guardar
para amanhã
tudo o que
no hoje
cada um puder
fazer!
O amanhã precisava
ser julgado
por todas as
broncas de que é culpado
das inúmeras
palavras que ficam por dizer
dos muitos
gestos por realizar
de muitos
beijos por dar
de muitos
abraços que não podemos sentir
e das muitas
batalhas que não nos propomos travar!
O amanhã é o
eterno culpado
do enorme
desleixo praticado
por quem na
vida tudo deixa correr
porque
amanhã há sempre tempo de fazer.
Amanhã…
Amanhã!…
Se o Passado
é pertença do tempo,
o amanhã é a
incerteza da vida!
Então,
pensando no bem-estar do outro
e com tudo o
que dele sobrar
aproveitemos
o presente
vivendo-o a
cada instante
intensamente!
Telefonemos
para quem queremos falar
escrevamos o
que queremos escrever
beijemos a
quem quisermos beijar
abracemos
quem queremos abraçar
visitemos
quem queremos visitar
digamos:
“amo-te” a quem quisermos dizer
vistamos o
que gostarmos de vestir
comamos o
que gostarmos de comer
bebamos o
que gostarmos de beber
passeemos se
gostarmos de passear
cantemos
alto e forte até a voz doer
dancemos na
alegria até não mais poder
e riamos até
não mais acabar!
Hermínia Nadais
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