Nos momentos altos de um terno amanhecer
com as mais intensas vozes do silêncio que inebria
num grito mudo mas repleto de todas as forças do meu ser
para todos os lados eu repito: Bom dia!
Bom dia ria, bom dia, bom dia!
Bom dia nuvens que me encobris o sol
Bom dia traineiras que descansais
dormindo calmamente
atracadas ao cais
Bom dia pescadores que transportais
baldinhos de marisco e peixe fresco
para fora dos areais.
Bom dia águas mansas que povoais
o espaço que deslumbra os meus olhos mortais
Bom dia carrinhas refrigerantes que esperais
no cais
as traineiras regressadas da pesca
aqui da ria
onde o peixe de água doce nos cheira a maresia.
Bom dia Natureza!”
Bom dia! Bom dia!… Muito bom dia!
Cais de pesca na ria da Torreira, 2011/08/31 – 10.29h
2 comentários:
Ah, sim! Lembro-me como se fosse ontem. Este foi o blogue que me permitiu conhecer mais e melhor a fantástica autora de toda a beleza literária que por aqui anda...
Continue, Amiga, queremos mais!
Pedro Suárez
Obrigada AMIGO Pedro, eu não mereço tantos mimos! Obrigada e o melhor do mundo para si! Beijinhos
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