Olha a minha palmeira!
Mataram a minha palmeira!
Teve que ser
Pois as suas longas e estranhas raízes
não se cansavam de crescer!
Uma palmeira gigante,
bela, encantadora,
linda, formosa,
plantada há vinte anos
naquele local onde cresceu tanto
que não houve outro remédio
senão arrancá-la de vez
daquele recanto.
Foi o meu PAI que o nascimento lhe aconchegou
e meu irmão que docemente ma ofertou.
Tanto carinho, tanta ternura,
para acabar assim
a duros golpes de machado
com os seus ramos partidos em bocados
e os pedaços do seu tronco
com duros esforços arrancados!
Foi difícil de aguentar
ver o meu jardim assim
pois aquela linda palmeira
fazia parte de mim!
Hermínia Nadais
Hermínia Nadais
1 comentário:
As minhas sentidas homenagens à sua palmeira que, como nós, também tinha vida e, inconscientemente crescendo viçosa, assinou o seu contrato com a morte.
Um momento de tristeza para si, devo imaginar, afinal de contas, lá se foi mais um elemento essencial à purificação da nossa cada vez mais nociva atmosfera.
Um grande abraço, partilhando o seu descontentamento.
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